The world is on your plate
Vivemos em uma época onde o mais comum é encontrar pessoas com transtorno alimentar, compulsão, ansiedade e obsessão por dietas estritas e milagrosas.
Mas afinal, a solução para melhorar nossa relação com a comida seria retirar determinados alimentos da nossa rotina ou a cura está justamente na forma como nos relacionamos com ela? E o problema dessa relação mal construída será a causa ou o efeito colateral de algo ainda mais profundo dentro de nós?
É importante entender que a forma como você se alimenta é reflexo da forma que você vive. Como dizia Pema Chödrön: “Anyhting is a path to everything”. A forma que você faz “alguma coisa” é a mesma que você faz todo o resto. Sendo assim a comida que você escolhe para formar seu prato indica no que você realmente acredita sobre auto-cuidado, se envergonhar, se privar, sobre sua alegria, tristeza e por exemplo se você confia em si mesmo ou não. É sobre saber o que é suficiente para você e quanto é “esse suficiente”. É sobre controle, limites e merecimento. Esse sentimento de “eu mereço” cada vez que você come compulsivamente algo que você sabe que não te faz bem.
A comida nada mais é do que uma expressão de algo mais profundo sobre nós e o que estamos sentindo.
O mundo está no seu prato. Tudo o que você acredita que merece, o quanto é e se em algum momento será suficiente e sobre como você realmente sente que é merecedor de algo, tudo isso se reflete no prato cada vez que você come.
Utilizar a comida para preencher um vazio emocional ou uma frustração é como duplicar o problema porque além de não resolver a tristeza ainda soma o efeito de ter comido mal ou de maneira exagerada. Saber quanto é suficiente para você se aplica em todos os ambitos da nossa vida e também com a comida.
É saber que independente da quantidade em excesso que você coma nenhum buraco emocional será preenchido.
O suficiente não pode estar em algo que possamos tocar ou ter como por exemplo dinheiro, um corpo magro ou um par sapatos novos. O suficiente não é uma quantidade. É uma relação com o que você já possui.
Foque no que você tem e não no que você não tem. No que você encontra na sua vida hoje e não no que você perdeu um dia. VIVA NO AGORA.
A compulsão alimentar é um sintoma primário e não a causa do problema. Nós comemos da mesma forma que vivemos. Como comemos também é a forma como gastamos nosso dinheiro, tempo, amor e nossa energia.
E como seria comer de forma consciente?
- Coma quando tiver fome.
- Coma sentado em um ambiente tranquilo (e isso não inclui o carro).
- Coma sem distrações e isso inclui rádio, TV, jornal, livros, conversas muito intensas ou que produzem ansiedade e música.
- Coma somente o que seu corpo quiser.
- Coma até se sentir satisfeito.
- Coma com prazer.
“Let yourself stop waiting for your life to begin”, Genee Roth.
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